Um estudo independente indica que ratos alimentados com milho geneticamente modificado têm uma taxa de mortalidade cinco vezes superior aos que foram alimentados com milho não OGM.
Este estudo realizado durante dois anos por investigadores da Universidade de Caen, em França, relança o debate sobre a toxicidade dos organismos geneticamente modificados (OGM).
Os investigadores pensaram em três dietas: uma à base de milho geneticamente modificado, outra feita com milho OGM, mas modificado de forma a tolerar o herbicida mais utilizado no mundo, e a terceira com milho não OGM, mas também tratado com o mesmo herbicida.
Para fazer a experiência, os especialistas dividiram cerca de duzentos ratos de laboratórios em três grupos, um para cada uma das dietas.
Passado pouco mais de ano e meio, tinham morrido cerca de cinco vezes mais ratos alimentados com milho geneticamente modificado.
O estudo revela ainda que, mesmo com uma dose baixa de pesticida no milho geneticamente modificado, o risco de tumores mamários é também quase três vezes superior.
O coordenador do estudo é autor de várias investigações sobre o tema. Giles-Éric Séralini foi também o primeiro a fazer testes independentes com o milho vendido pela empresa Monsanto, líder mundial na produção de sementes geneticamente modificadas e também na produção do pesticida mais usado na agricultura.
Em declarações à AFP, o investigador explicou que pela primeira vez foi avaliado o impacto na saúde de um OGM e de um pesticida, de forma mais completa e aprofundada.
Giles-Éric Séralini nota que os OGM são modificados de forma a tolerar os pesticidas e por isso é importante esta análise conjunta.
O investigador lembra também que os OGM estão no mercado há 15 anos e considera um crime as autoridades não terem nunca exigido testes mais aprofundados sobre estes produtos.
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