quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Europa: Tráfico de cigarros é mais rentável que a heroína


Por cada 1 000 dólares investidos, o tráfico de cigarros gere um retorno de 43 000 dólares, ou seja o dobro do tráfico de heroína.

O contrabando de armas ou droga chama mais a atenção dos media, no entanto dezenas de milhares de dólares são produzidos pelo tráfico de tabaco, alimentando da mesma forma as máfias e rede terroristas. Esta actividade é extremamente lucrativa. Na Ucrânia, um maço de cigarros custa 1,33 euros, enquanto que em Portugal custa 4,20 euro, no Reino Unido 9,03 euros e na Noruega 10,45 euros.


O tabaco proveniente da Ucrânia, da Moldávia e da Bielorússia viaja por via terrestre directamente para a Eslovénia e para a Itália, ou via Grécia, onde por via marítima chegam à Itália. É na Itália que grande parte do tráfico de tabaco é centralizado pelas diversas máfias locais.

No porto de Génova a logística está a cargo da 'Ndrangheta, em Brindisi está a cargo do clã Sacra Corona Unita, em Naples e Salerno é a Camorra e na Sicília a Cosa Nostra.


O principal produtor de tabaco contrafeito é a China, de onde viaja por via marítima até ao Dubai, onde é armazenado, seguindo posteriormente por via marítima até à Itália. Por vezes também utilizam a Grécia e o sul de Espanha como portos.

O destino final de todo este tráfico são os países europeus onde o preço do tabaco é mais elevado: França, Suíça, Alemanha, Bélgica, Holanda e países nórdicos.

Actualmente 20% dos cigarros de contrabando vendidos são de contrafação, em África são cerca de 80%.

Calcula-se sejam produzidos por ano 1 000 000 milhões de cigarros no mundo, desses, cerca de 1/3 são vendidos ilegalmente, e desses 80% através do crime organizado.

O tabaco contrafeito contem, em relação ao lícito, 3 vezes mais arsénio, 5 vezes mais cádmio, 6 vezes mais chumbo, 80 vezes mais nicotina, 133 vezes mais monóxido de carbono e 160 vezes mais alcatrão.

Recentemente foram descobertos no Reino Unido cigarros contendo cannabis com anfetaminas e crack, para fidelizar uma clientela mais jovem.

O tráfico de tabaco (produto lícito) encontra-se muito menos punido do que o tráfico de droga, por exemplo, dado que não se trata de um crime, mas sim de um delito fiscal. As sanções limitam-se na maioria dos casos à destruição da mercadoria ou a multas irrisórias, raramente a penas de prisão. Esta situação torna o tráfico de tabaco altamente atractivo. 

A possível introdução a nível de legislação europeia de uma embalagem genérica, sem logótipo e sem marca, apenas com imagens chocantes a titulo preventivo, poderá ter um efeito amplificador do comercio ilegal de cigarros, dado que para as máfias será muito mais fácil a produção de um maço branco ou com uma fotografia.

Fonte: http://octopedia.blogspot.pt

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