segunda-feira, 29 de julho de 2013

Biodiversidade em queda no planeta

Segundo o Centro de Monitoramento para a Conservação Mundial, órgão ligado às Nações Unidas, a perda de biodiversidade no planeta já assumiu proporções alarmantes. Os governos não conseguiram cumprir sua promessa de chegar a 2010 com uma redução significativa da perda de diversidade biológica. Os países signatários do Convênio sobre a Diversidade Biológica acordaram em 2002 que deveriam obter uma significativa redução no ritmo da perda de biodiversidade para 2010, Ano Internacional da Diversidade Biológica.

A realidade, porém, é que a biodiversidade declinou nas últimas quatro décadas. Essa redução atinge diferentes grupos animais, como mamíferos, aves e insetos; bosques e manguezais; e arrecifes de coral. A Mata Atlântica brasileira que, no passado, foi o segundo bosque mais extenso da América do Sul, tem hoje conservada cerca de 10% de sua área, numa área fragmentada em parcelas diminutas.

O Pampa gaúcho também sofre com essa destruição. Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, somente entre 2008-2009, o Bioma Pampa perdeu 331 quilômetros quadrados com a supressão de vegetação nativa, o que equivale a uma taxa de 0,18%, um pequeno decréscimo em relação à taxa do período 2002-2008, que foi de 1,2%.

De um total de 177.767 km², o Pampa teve quase 54% de sua área original suprimida ao longo de sua ocupação histórica. Entre 2002 e 2008, foram perdidos 2.183 km², que equivale a 1,2% do bioma , ou 0,2% de taxa média anual de desmatamento. Alegrete, na fronteira do estado do Rio Grande do Sul, foi o município que mais desmatou neste período em números absolutos, sendo 51,93 km² equivalentes a 0,67% da área do município. A lavoura do arroz, a pecuária e a expansão do reflorestamento de vegetação nativa por plantações das espécies eucalipto e pinus são as atividades que pressionam o desmatamento no Pampa, afirma o MMA
No caso das sementes, o avanço de culturas transgênicas coloca em risco, ao mesmo tempo, patrimônio genético, saberes e sabores tradicionais e a possibilidade de um tipo de agricultura não mergulhado em agrotóxicos e práticas que transformam os campos em grandes monoculturas, sem vida, sem cultura e sem história.

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