Experiência suíça pode estar dando os primeiros passos em direção à criação de uma verdadeira máquina de teletransporte.
Mito, ficção ou simples maluquice !? Acompanhe o artigo e tire suas dúvidas !!
Teleporte de bits
Pesquisadores do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH) em Zurique teleportaram 10.000 bits de informação por segundo, do ponto A ao ponto B com uma distância média entre ambos de 6mm, dentro de um circuito eletrônico sólido, similar a um chip de computador.
Tudo bem, pode até não ser lá tão impressionante como a máquina de teleporte vista em Star Trek. Mas precisamos começar de algum jeito… Certo !?
E foi dessa forma que a iniciativa pioneira teve seu início. A equipe distribuiu 3 micro-circuitos eletrônicos em um chip de computador de 7mmX7mm. Desses 3 micro-circuitos, 2 estavam transmitindo as informações, enquanto o restante as recebia. O chip foi resfriado ao nível próximo ao Zero Absoluto (-273,15°C) enquanto a corrente fazia seu percurso.
Espero sinceramente que, se chegarmos ao ponto de teletransportar pessoas, as coisas mudem um pouco. Afinal, pode não ser muito confortável para alguém entrar numa máquina que a congele a Zero Absoluto…
Neste cenário, minúsculo e gélido, os elétrons no circuito – os chamados bits quânticos ou qubits – se comportaram em acordo com a mecânica quântica. Os qubits se emaranharam. Ou seja, se lincaram (interligaram), compartilhando estados quânticos idênticos mesmo estando fisicamente separados.
Poderíamos até estar pensando algo como: “Isto estaria mais para uma espécie de clonagem de informação do que teletransporte propriamente dito.” Mas, ocorre que os qubits receptores teriam de possuir um mecanismo que gravassem as informações recebidas, para que então pudessem novamente mudar de estado e receber novas informações.
O fato é que os qubits dos circuitos emissores se fixaram aos qubits do circuito receptor. A equipe do ETH codificou algumas informações nos qubits que estavam sendo transmitidos e então fizeram as leituras nos qubits do circuito receptor. Qualquer que fosse o estado dos qubits nos circuitos emissores, seria espelhado nos qubits do circuito receptor. Logo, os pesquisadores haviam conseguido teleportar a informação.
Diferente do que ocorre em computadores comuns, onde elétrons carregam informações ao longo de cabos ou ondas de rádio. No estudo realizado, nenhum bit de dados viajou fisicamente por uma rota. Ao invés disso, a informação desapareceu de um local e reapareceu em outro.
Outros experimentos tem teleportado bits quânticos também, e por distâncias maiores. Contudo, a equipe do ETH foi capaz de teletransportar 10.000 bits quânticos por segundo, e fazê-los funcionar de forma consistente. Rápido e preciso o suficiente para se criarem computadores quânticos funcionais.
“Basicamente, podemos apertar um botão e teremos esse teletransporte funcionando todas as vezes”.
- disse Andreas Wallraff, Professor do Departamento de Física e chefe do estudo ao DNews.
Juntando isso ao fato de pela primeira vez cientistas conseguiram levitar um cristal de diamante, podemos realmente estar vendo nascer uma nova era de computadores.
Assista ao vídeo:
Fonte: http://blog.victoralm.com
Sem comentários:
Enviar um comentário
Qualquer mensagem inapropriada não será considerada.