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Possivelmente, todos os habitantes da Terra poderão viver em breve muitos anos. Os cientistas já se aproximaram da possibilidade de prolongar a juventude. Uns pesquisadores tentam cultivar órgãos humanos que possam ser transplantados para substituir os envelhecidos, outros descobrir o gene da velhice, que poderá ser “controlado”.
Recentemente, foi achado o gene de longevidade num morcego. Este animal vive dez vezes mais em comparação com seus parentes, diz o chefe do laboratório de medicina regenerativa do Instituto Físico-Técnico de Moscou, Mikhail Batin:
“Na realidade, nos animais há pelo menos 100 genes ligados à longevidade. Tentamos em condições de laboratório modelar o funcionamento dos genes, criar um albúmen que desempenhe as funções ligadas à longevidade humana”.
Referindo-se a pessoas que vivem muitos anos, a sua idade não depende de seu modo de vida, mas dos genes que têm, considera o cientista russo:
“Evidentemente, um modo de vida saudável e boas condições – tudo isso ajuda muito. Mas são exclusivamente os genes e a resistência do organismo ao estresse que permitam alcançar, por exemplo, 120 anos de idade”.
Em opinião de Mikhail Batin, se existisse um projeto global de longevidade, à semelhança do desenvolvimento da bomba atômica ou do voo do homem para o espaço, já dentro de 20 anos seria possível falar da vitória sobre a velhice. Mas hoje tal tarefa não está colocada, diz o cientista russo:
“Prolongar a vida das pessoas é uma tarefa política. As pessoas viverão muitos anos quando houver vontade política. Mas, infelizmente, os líderes políticos dispõem de tais qualidades que entram em contradição com o desenvolvimento da ciência. Orientam-se mais para a opinião de pessoas comuns. A prorrogação da vida é uma tarefa muito complexa. E, por mais paradoxal que seja, ela não é interessante para as pessoas comuns. Tenho certeza que 80% das pessoas responderão negativamente à pergunta se tem a vontade de viver eternamente. Pesquisas efetuadas no mundo também testemunham isso”.
Entretanto, já hoje é possível prorrogar a juventude. Para tal, é necessário descodificar o genoma. Este procedimento custa aproximadamente 200 dólares. A análise dos inúmeros dados do genoma de uma pessoa concreta permite entender o evoluir das mudanças etárias em seu organismo. Neste caso, os tratamentos permitirão prorrogar a vida por uns 20 anos.
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