Neste caso, o buraco – situado num bosque próximo da comunidade de Bayou Corne – não resulta de um processo natural de erosão química. Antes, é resultado do que se diz ser uma catástrofe industrial. É que, nesse poço gigantesco em que – com uma frequência imprevisível e assustadora – tudo o que está à superfície é aspirado para as profundezas do lago em apenas alguns segundos, o fenómeno captado em vídeo resulta de atividade humana e empresarial.



Segundo publicações especializadas que acompanham o fenómeno - que já obrigou a evacuar 350 pessoas em agosto do ano passado, - o que acontece ali é da responsabilidade de uma empresa que explora uma jazida de sal nas profundezas com recurso a uma tecnologia que utiliza injeção de água em alta pressão.

Ora, dado que as galerias onde se acumula o sal se formaram sobre outras estruturas de formação calcária mais ligeiras o resultado da injeção sistemática de água é que, por vezes, o solo cede e tudo o que está à superfície ou nas margens próximo do ponto de colapso desaba e é rapidamente engolido.

O que reforça a gravidade do fenómeno é que a boca deste poço gigante não pára de se alargar. No princípio, a superfície do lago tinha cerca de 4 000 metros quadrados, agora mede vinte vezes mais.

Cientistas que acompanham o fenómeno explicaram que o processo geológico através do qual as cavernas subterrâneas se deverão consolidar (em forma e dimensão) pode levar um número imprevisível de anos, tornando bastante imprevisível a frequência de desabamentos das margens. Por isso, a zona está interditada e é regularmente monitorizada pelas autoridades.