O Secretário-Geral da Interpol Ronald Kenneth Noble disse à ABC News que uma das únicas maneiras de impedir os terroristas de atingir alvos desarmados (soft-targets no original em inglês) seria armar cidadãos globalmente, observando que o cerco ao shopping Westgate teria sido impedido muito mais rápido se tivesse ocorrido em áreas “amigáveis a armas” como Denver ou Texas.
As declarações de Noble são uma poderosa refutação ao lobistas anti-armas, especialmente tendo em conta o seu passado. O chefe da Interpol era chefe de todos os policiais do Departamento do Tesouro dos EUA.
Salientando que “cidadãos armados” era a única opção além de tornar alvos fáceis, como shopping centers em enclaves cercados por “extraordinários” perímetros de segurança, Noble sugeriu que o cerco no Quênia, que se arrastou por dias e terminou no massacre de 60 civis, representou um grande golpe de relações públicas para os defensores do controle de armas.
“Pergunte a si mesmo: Se fosse Denver-Colorado, se fosse no Texas, esses caras seriam capazes de passar horas, dias, disparando em pessoas ao acaso?” Noble disse, referindo-se aos estados com tradições pró-armas. “O que estou dizendo é que isto faz com que a polícia ao redor do mundo questione as suas opiniões sobre o controle de armas. Isto faz os cidadãos questionarem as suas opiniões sobre o controle de armas. Você tem que perguntar a si mesmo : ‘Seria uma cidadania armada mais necessária agora do que era no passado, com uma ameaça de terrorismo em evolução?’ Isso é algo que tem que ser discutido.“
“Para mim, é uma questão profunda“, continuou ele. “As pessoas são rápidas para dizer ‘controle de armas, as pessoas não devem estar armados’, etc, etc. Eu acho que eles têm que se perguntar : ‘Onde é que você queria estar? Em uma cidade onde havia controle de armas e nenhum cidadão armado se você estiver em um shopping Westgate, ou em um lugar como Denver ou Texas? ”
Como já relatado no mês passado, um soldado da SAS fora de serviço e armado com um revólver ajudou a salvar pelo menos 100 vidas durante o cerco de Westgate, retornando para o prédio uma dúzia de vezes para resgatar reféns.
O argumento de Noble de que armas nas mãos de cidadãos responsáveis podem evitar derramamento de sangue é apoiado por estatísticas sólidas.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Defesa Pessoal de 1993 realizado por Gary Kleck, Ph.D., professor da Escola de Criminologia e Justiça Criminal da Universidade do Estado da Flórida, em Tallahassee, os americanos usam armas para se defender contra um confronto com um criminoso até 2,5 milhões de vezes por ano.
Isto significa que todos os dias nos Estados Unidos cerca de 6.800 pessoas usam armas para se proteger.
Estudiosos Clayton E. Cramer e David Burnett documentaram como “um grande número de tragédias – assassinatos, estupros, assaltos, roubos – foram frustrados pelo uso de armas de defesa pessoal.“
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