sexta-feira, 19 de julho de 2013

O Ciclamato de Sódio ou também conhecido como o edulcorante E952.



Após ter postado o artigo sobre o aspartame alguns dias atrás: " Aspartame: O gosto doce vale a pena os danos causados?? ", que gerou muito interesse, alguém me enviou um email perguntando sobre o Ciclamato de Sódio, um outro tipo de adocante. EU não conhecia então resolvi fazer uma rápida pesquisa.

O ciclamato é um adoçante artificial, de 30 a 50 vezes mais doce que o açúcar. Ele foi descoberto por acaso em 1937 quando um estudante pesquisando medicamentos anti-febre colocou seu cigarro sem querer no produto e quando colocou o cigarro de volta a boca descobriu o gosto doce do ciclamato.

A patente foi comprada pela DuPont e mais tarde vendida para os laboratórios Abbott.

Em 1958 foi aceito como "Usualmente Reconhecido como Seguro", mas em 1966 um estudo reportou que o ciclamato produzir a Ciclo-hexilamina, composto tóxico em animais. Outro estudo em 1969 mostrou que o ciclamato aumentava a chance de câncer na bexiga em ratos. Outro estudo ainda mostrava casos de atrofia testicular em ratos.

Em 1969 o FDA baniu a venda do ciclamato nos Estados 
Unidos.

ANVISA, no entanto, em seu informe técnico intitulado "Esclarecimentos sobre o uso do edulcorante ciclamato em alimentos", diz que as normas brasileiras são regidas com base no Codex Alimentarius(Norma Geral de Aditivos Alimentares – GSFA), elém de outras. De acordo com o Codex, o limite máximo para o ciclamato é de no máximo 330 mg para crianças e 660 mg para um adulto de 60 quilos. A mesma norma cita que a dose de consumo diário máxima indicada é de 100mg por quilo, relativo ao efeito de atrofia testicular. O limite máximo de 1300 mg por quilo corpóreo, estabelecido em 2001, foi reduzido em 2008 para 400 mg por quilo corpóreo, de acordo com a RDC 18/2008

Ainda assim o ciclamato é proibido nos EUA e

O ciclamato é também conhecido como o edulcorante E952.

No Brasil, os adocantes Sucaryl e Assugrin contém ciclamato. De acordo com o site Sua Dieta da UOL, temos ainda o Dietil, Doce Menor, Tal e Qual e Zero-cal. Estes contém ainda a sacarina sódica, que misturada ao ciclamatoaumenta a incidencia de câncer em ratos.

Update: No Brasil, hoje em dia, todos os refrigerantes Zero (entre outros alimentos) contêm ciclamato de sódio.

Update2: A notícia abaixo (traduzida a partir de um artigo do site Natural News) mostra que a Venezuela baniu a coca-zero por ter quantidades de ciclamato de sódio acima do limte permitido no país:

Venezuela proibe Coca-Cola Zero citando preocupações de saúde

O governo venezuelano proibiu o refrigerante sem açúcar  Coca-Cola Zero, citando preocupações de que o seu adoçante artificial é prejudicial à saúde humana.

"O produto deve ser retirado de circulação para preservar a saúde dos venezuelanos", disse o ministro da Saúde, Jesus Mantilla.

A decisão ordenou que o produto seja removido de todas as prateleiras de lojas e destruídos, e que cessasse a produção até o término de uma investigação sobre a segurança da bebida. A Coca-Cola informou que iria cumprir a ordem do governo.

Em um número de países latino-americanos, o produto é adoçado com ciclamato de sódio, que foi banido nos Estados Unidos como uma substância cancerígena desde 1969. Embora o governo mexicano havia autorizado o ingrediente como um aditivo em 2006, a pressão dos consumidores forçou a Coca-Cola Company a removê-lo da Coca Zero em 2008.

Nos Estados Unidos, a Coca-Cola Zero é adoçada com o aspartame, o qual tem sido associada a danos neurológicos.

Mantilla disse que a Coca-Cola deixou de mencionar o ciclamato de sódio na sua aplicação para comercializar o produto na Venezuela, mas que nos testes do governo descobriu-se o adoçante em concentrações de 18 a 22 miligramas por 10 mililitros. Esta quantidade excedeu o limite fixado pela Comissão Venezuelana de Normas industriais para consumo humano seguro.

De acordo com o funcionário do Ministério da Saúde Divis Antunez, a ingestão máxima recomendada de ciclamato de sódio é de apenas 11 miligramas por quilograma de de peso.

Fontes:

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