O Centro de Investigação Richard Lugar é considerado uma das organizações mais secretas da Geórgia. Construído no país em cinco anos com dinheiro dos EUA, ele deu origem às mais diversas lendas. Os habitantes locais tentam adivinhar: porque é que a América despendeu 270 milhões de dólares para abrir um laboratório noutro país? Muitos suspeitam que não foi por acaso que os EUA gastaram esse dinheiro. 

Uma das suposições mais difundidas é a que na Geórgia os norte-americanos podem fabricar armas biológicas e químicas. O grande interesse por parte dos EUA nessa instituição em território georgiano é comprovado pelo nível dos convidados que vieram à inauguração oficial desse centro. Assim, no evento esteve presente o vice-secretário da Defesa dos EUA para a defesa nuclear, química e biológica, Andrew Weber. Metade do pessoal desse centro de investigação é composta por especialistas militares. No geral, tanta atenção por parte dos EUA não pode deixar de preocupar a população georgiana, diz o antigo ministro da Segurança do Estado da Geórgia, Valeri Khaburdzaniya:

“Isso não incute confiança na população porque os americanos nunca se interessaram pela economia georgiana mas, de repente, ficaram interessados em estirpes biológicas e começaram a realizar operações secretas. Também é de desconfiar o fato de aí continuarem a trabalhar militares. Ainda não se percebeu porque é que numa instalação civil estão trabalhando militares.”

Tudo isso apenas provoca rumores entre a população local. A disseminação da gripe aviária em 2011, a epidemia de sarampo em finais de 2012 e a peste suína de 2013 são associadas pela população da Geórgia à existência desse laboratório. Em alguma mídia até surgiu a informação que os norte-americanos estavam testando a ação de certos vírus na população da Geórgia. Hoje, quase ninguém acredita na versão oficial que o centro de investigação não tem nenhuma relação com essas ocorrências e que os Estados Unidos construíram o centro na Geórgia só para monitorizar o estado epidemiológico do país, diz o politólogo georgiano Archil Chkoidze.

“O meu pai vive num povoado próximo. Posso dizer-vos com toda a responsabilidade que, anualmente, a população local assiste à morte de centenas de porcos. A causa dessas mortes é precisamente um vírus que, segundo diz o governo, não era registrado na Geórgia já há vários anos. Portanto, eu considero que se deve estudar a origem desse vírus. Seria desejável que o fizéssemos em conjunto com os especialistas russos. Tanto nós como eles temos de descobrir como apareceu esse vírus.”

Uma desconfiança ainda maior provocou a Archil Chkoidze a declaração do chefe do laboratório, Giya Kamkamidze, que a peste suína africana já não se registrava no país há seis anos:

“A peste suína africana não era registrada apenas na Geórgia. Houve mutações desse vírus. Em primeiro lugar, esse vírus atingiu os porcos do lado georgiano. Esse vírus não foi criado na Geórgia. Ele foi introduzido a partir de outros países, principalmente de África.”

O laboratório georgiano é apenas um elo numa única cadeia de instituições semelhantes construídas pelos norte-americanos numa série de países da Europa, na Tailândia, no Egito e no Quênia. Estando orientados tradicionalmente pelos seus próprios interesses, os EUA não se preocupam até que ponto os povos, georgiano e outros, precisam de laboratórios biológicos de finalidade duvidosa.

Os fatos citados e as opiniões expressos são da responsabilidade da autora Ksenia Melnikova
NOTAPra que finalidade se constrói um laboratório biológico militar?

As pessoas ainda se espantam quando falamos que eles criam vírus mortais e espalham pelo mundo fazendo uma guerra biológica.

De onde vocês acham que surgiram as gripes suínas e aviária?

Vírus altamente mortais e mutantes, capazes de causar uma epidemia mundial e matar milhões em pouco tempo, e o que é melhor (pra eles claro), não levariam a culpa disso, ela seria de Deus, da natureza..,,