O F-16 é facilmente um dos projetos mais bem-sucedidos de aerodinâmica de todos os tempos. O caça já voa de bengalinha, tendo sido desenvolvido em 1974 e a Lockheed Martin vai manter sua produção pelo menos até 2017. Ele é tão bom que ninguém que o utiliza (exceto os italianos, mas eles não contam) cogita tirá-lo de serviço nem num futuro distante, diferente do que aconteceu hoje com o A-10 Warthog.
Infelizmente a Boeing diminuiu consideravelmente as chances dos aspirantes a pilotos colocarem suas mãozinhas em um exemplar. Em 2010 ela conseguiu um contrato com USAF de US$ 69,7 milhões para dar início à primeira fase: converter seis F-16 descomissionados em drones.
Os aviões escolhidos para o projeto estavam armazenados entre cinco e 15 anos, sendo que o mais velho deles foi o escolhido para a demonstração. O caça pode ser controlado por até duas pessoas seguramente no solo, e todo o procedimento de voo foi absolutamente normal (dentro do que podemos chamar de normal o fato de o roteiro de um filme ruim ter virado realidade).
Inicialmente os drones (renomeados para QF-16) serão utilizados para desenvolvimento de novas armas e para servir de “alvo” em sessões de treinamento dos cadetes. E essa nem é a primeira vez que a Boeing faz algo do tipo: o atual projeto veio substituir o anterior que utilizava o F-4 Phantom II.
Uma vez concluída a primeira fase, o próximo passo é converter 126 caças até 2014, algo até fácil considerando que o processo de adaptação de cada F-16 leva seis meses. E claro, se o projeto se provar o mínimo satisfatório eu quero ser um mico se os drones não serão mandados para combate, afinal o custo de um piloto de elite ultrapassa o de um caça perdido facilmente.
Ainda que não seja exatamente uma novidade ainda é desconcertante ver um caça levantar voo e fazer manobras sem ninguém no cockpit. Acompanhe o vídeo:
Fonte: The Register.
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