sábado, 30 de novembro de 2013

Estudo aponta que Álcool é a pior droga que existe, acima de heroína, cocaína e outros.

Um novo estudo sugere que o álcool é mais prejudicial do que a heroína ou crack

A maioria das pessoas concordam que algumas drogas são piores do que as outras: a heroína, provavelmente, é considerada mais perigosa do que a maconha, por exemplo. Já que os governos formulam políticas criminais e sociais com base em classificações de dano, um novo estudo publicado pela Lancet faz uma leitura interessante. 

Pesquisas lideradas pelo professor David Nutt, chefe antidrogas assessor do governo britânico, pediu à especialistas um estudo de como as drogas prejudicam, em uma classificação de 20 drogas (legais e ilegais) em 16 medidas de danos para o usuário e para a sociedade em geral, tais como danos à saúde, dependência de drogas, os custos econômicos e do crime. O álcool é a droga mais nociva na Grã-Bretanha, marcando 72 de um total possível de 100, muito mais prejudicial do que a heroína (55) ou crack (54). Os autores apontam que as ponderações do modelo, embora com base no julgamento, foram analisadas ​​e consideradas estáveis ​​como grandes mudanças necessárias para alterar a classificação geral.


Legenda 8 primeiras em ordem decrescente : Álcool, heroína, crack, metanfetaminas, cocaína, cigarro, anfetamina, maconha.

"Drug harms in the UK: a multi-criteria decision analysis", by David Nutt, Leslie King and Lawrence Phillips, on behalf of the Independent Scientific Committee on Drugs. The Lancet.


Tradução Bruno Gontijo, Folha Social, artigo original : The Economist

terça-feira, 26 de novembro de 2013

A Crónica do Tamiflu


Lembram-se do Tamiflu?

Era uma vez uma terrível doença que dizimava a espécie humana (uma gripe). Quando já o fim parecia inevitável, no céu apareceu um anjo disfarçado de Secretário da Defesa dos Estados Unidos (Donald Rumsfield) que doou aos Homens a embalagem dum fármaco milagroso, o Tamiflu.

A Anjo disse "Com o Tamiflu a peste derrotas tu" e, de facto, a Peste Aviária desapareceu como por magia.
O sorriso voltou nos rostos das crianças e o dinheiro encheu os cofres da Gilead Sciences, da qual, por mero acaso, Donald Rumsfield (o original) era presidente.

Esta é a história contida nas Crónicas das Terras de Meio, ainda hoje contada pelos avós perto das fogueiras, nas longas noites de Inverno.

Mas existe uma outra crónica, menos conhecida, que agora vamos ler.
Esta é a Crónica do Tamiflu


A Crónica do Tamiflu

Nos dias escuros da Peste Aviária, muitos reinados gastavam baús cheios de dinheiro para comprar o mágico Tamiflu. Medidas apoiadas pela Organização dos Médicos Sábios (OMS, para os amigos), que assim declamava:
Intervenção farmacológica chave para a prevenção da gripe nas fases precoces dum evento pandémico, quando ainda não está disponível a vacina.   
Isso enquanto o governo dos Reinos Unidos do Oeste declarava o Tamiflu:
Eficaz na diminuição do risco de pneumonia, em diminuir os internamentos e em reduzir a mortalidade da gripe.
Eram estas as palavras dos sábios do mundo todo e os povos eram felizes, porque os sábios tinham apontado um caminho, o caminho da salvação.

Mais: a eficácia do Tamiflu era comprovada até por um grupo de mágicos guiados pelo maior xamã de todos os tempos, Tom Jefferson. O grupo escreveu num pergaminho com letras douradas, no qual testemunhava que o fármaco milagroso era capaz de reduzir a duração da gripe de um dia, limitar a transmissão de pessoa para pessoa e diminuir a probabilidade de complicações.

Era a palavra final. O Tamiflu era realmente mágico.

Todavia, sabemos que o Mal sempre espreita escondido nos cantos mais escuros e, logo que existir uma ocasião, não hesita em atacar as almas dos mais fracos com as suas garras de aço.
Assim, no ano 2009 d.G.C. (depois da Grande Cruzada), um demónio entrou no corpo do médico Hayashi, das Ilhas do Extremo Leste. E Hayashi, outrora um conhecido como Hayashi o Cinzento, assim falou:
Vocês declaram que o Tamiflu previne importantes complicações da gripe, quais as pneumonias. Todavia, as vossas avaliações estão baseadas na revisão da literatura anterior e não numa vossa análise dos dados.   
Era uma acusação gravíssima. Porque, segundo Hayashi, os mágicos do xamã Tom Jefferson não tinham experimentado o Tamiflu: simplesmente tinham "copiado" uma experiência anterior, conduzida por outros.

Mas "outros" quem? A Roche (sempre seja louvada), a mágica oficina na qual o Tamiflu era preparado segundo uma receita ancestral e com ingredientes secretos.

Porque era verdade: a Roche tinha medo da potência do fármaco e, antes de pôr em perigo o bem estar de alguém, preferiu pagar do seu bolso 10 estudos. E estes 10 estudos, confirmou a Roche, concordavam todos acerca da bondade do Tamiflu.

Mas aqui havia algo estranho: 8 dos 10 estudos tinham desaparecido!  
O sádico Hayashi o Cinzento tinha lançado a semente da dúvida nos corações dos homens. Era preciso intervir e derrotar, duma vez por todas, as Forças do Mal. E qual a táctica melhor? Utilizar as palavras do mesmo Mal para que o Bem possa prevalecer.

Assim, o xamã Tom Jefferson foi a pé até a floresta no meio da qual surgia a mágica oficina da Roche e pediu para visionar os 8 estudos em falta.

Mas enquanto o grande Tom Jefferson enfrentava a viagem, Hayashi o Cinzento espalhava outras dúvidas e outra dor entre os humanos: do topo dum monte, gritava, ameaçava, acusava com a espuma que saia da boca. Afirmava que 4 dos estudos tinham sido escritos pelos homens da Roche, um por um consultor da mesma e que apenas um dos autores parecia não ter ligações com a mágica oficina.

Acusações infames, mesmo na altura em que Tom nem podia ouvir pois arriscava a vida para alcançar a oficina Roche. Até que, por fim, o xamã chegou ao grande portão de carvalho e foi acolhido por um anão.

Mas o anão desconfiava de Tom: grandes segredos eram guardados entre as paredes da oficina!
Por isso, antes de mais, fez assinar ao Tom um acordo de confidencialidade, com o qual proibia a completa publicação dos estudos e até o simples facto de mencionar o acordo.

A seguir, o anão disse que lamentava, mas os estudos já tinham sido entregues a um outro grupo de mágicos. Perante as queixas de Tom, o anão mostrou-lhe alguns dados, mas insuficientes para determinar a eficácia do Tamiflu.

A mágica oficina da Roche
Cansado, Tom decidiu voltar para casa com a simples promessa do anão: a Roche enviaria os dados completos muito em breve, com um mensageiro que voava nas asas dum dragão.

Mas no caminho do regresso, enquanto descansava à sombra duma árvore, teve uma visão: afinal a OMS (a Organização dos Médicos Sábios) tinha dado parecer positivo para o Tamiflu. Eles deviam ter visto os estudos!

Acordou depressa e decidiu: não para casa mas até o castelo da OMS, custe o que custar.

Então o xamã foi a pé até o castelo, enfrentado novos perigos, onde viviam os elfos (os médicos são todos elfos) e, juntos, começaram a procurar os estudos no imenso arquivo. Milhões de livros, documentos, mapas, todos devidamente ordenados, rotulados e guardados com amor.

Mas, mais uma vez, dos 10 estudos nem um rasto: um verdadeiro mistério.

De volta para o seu grupo de mágicos, Tom tomou uma decisão: esperar, pacientemente. E enquanto assim falava aos mágicos, naquela altura de desespero, um dos fieis servidores entrou no grande laboratório: "Mestre..." quase disse sem respirar "o mensageiro...o dragão!".
Correram para as janelas e sim, era verdade: dos altos das brancas nuvens, um dragão planava com graça na direcção deles. Era o mensageiro da Roche!

"Finalmente" pensou o xamã, "o mundo está salvo". E começaram assim dias e noites de estudos, investigações, pesquisas. Os meses passaram, as estações seguiram-se, e no ano 2010 o grupo de Tom Jefferson declarou ao mundo todo:  
Quanto obtido pela Roche, apesar de amplo e pormenorizado, é apenas uma pequena parte dos dados ainda na posse deles. Estamos impossibilitados de determinar a eficácia do Tamiflu na prevenção da transmissão e nas complicações da gripe. Para esclarecer definitivamente estas questões, seriam necessários os relatos completos de todos os estudos clínicos, com o protocolo do estudo e os dados dos pacientes.
A verdade é que, ainda hoje, passados quatro anos, 60% dos dados permanecem desaparecidos. E Hayashi o Cinzento? Continua a rir e ladrar do topo do monte, com a espuma na boca?
Não. Porque na verdade, o demónio foi derrotado.

O castelo da OMS
O que o xamã Tom percebeu, só após noites sem sono entre lágrimas e escuridão, foi que o erro era dele.Dele e do seu grupo de mágicos.
Hayashi o Cinzento, extraviado pelo Mal, tinha explorado uma falha no espírito deles todos: a falta de Fé.

Embebedados com os princípios científicos, com as fórmulas, com os testes, acharam possível "medir" a doença, controla-la com a força da Razão. O que não perceberam é que a doença nunca tinha existido: tinha sido uma prova decidida por Deus e espalhada pelo anjo com o rosto de Donald Rumsfield. Ele, o mesmo anjo que entregou mais tarde o mágico Tamiflu, tinha sido o braço de Deus.

Um teste para a Humanidade toda. Fé contra arrogância científica.
O Tamiflu era isso: Fé, nada mais do que pura Fé. Assim como a Fé fazia funcionar o Tamiflu. Por isso a Roche nunca divulgou os seus segredos: só a Força do Espírito pode controlar algo que não existe.
Esta é a grande moral da Crónica do Tamiflu: inútil questionar, procurar, investigar, pois perante determinadas forças, só a Fé pode ajudar. A Fé e uma boa máquina de propaganda.

Passarão os anos, passarão os séculos e até as eras: mas os anões da Roche nunca divulgarão os estudos em falta, pois não precisam. Até que ninguém mais irá lembrar-se daqueles homens de Ciência que, arrogantemente, quiseram desafiar a Vontade do Criador.

Mas pouco importa: o Tamiflu já conseguiu o seu objectivo entre os homens de boa vontade.
E também nos cofres de Donald Rumsfield.
Não o anjo: o original.

  • Godlee F.: Clinical trial data for all drugs in current use. BMJ 2012;345:e7304.
  • World Health Organization: WHO interim protocol: rapid operations to contain the initial emergence of pandemic influenza. 2007. [PDF: 293 Kb]
  • The White House: National Strategy for Pandemic Influenza - Implementation Plan
  • Jefferson Tom, Demicheli V, Di Pietrantoni C, Jones M, Rivetti D. Neuraminidase: Inhibitors for preventing and treating influenza in healthy adults. Cochrane Database Syst Rev 2006;3:CD001265.
  • Jefferson Tomas, Demicheli V, Rivetti D, Jones M, Di Pietrantoni C, Rivetti A.: Antivirals for influenza in healthy adults: systematic review. Lancet 2006;367:303-13.
  • Doshi P.: Neuraminidase inhibitors – the story behind the Cochrane review. BMJ 2009;339:b5164.
  • Kaiser L, Wat C, Mills T, Mahoney P, Ward P, Hayden F.: Impact of oseltamivir treatment on influenza-related lower respiratory tract complications and hospitalizations. Arch Intern Med 2003;163:1667-72.
  • Jefferson T, Jones M, Doshi P, Del Mar C.: Neuraminidase inhibitors for preventing and treating influenza in healthy adults: systematic review and meta-analysis. BMJ 2009;339:b5106.
  • Smith J: On behalf of Roche - Point-by-point response from Roche to BMJ questions. BMJ 2009;339:b5374.
  • Doshi P, Jefferson T, Del Mar C.: The imperative to share clinical study reports -  recommendations from the Tamiflu experience. PLoS Med 2012;9:e1001201.
  • Jefferson T, Jones MA, Doshi P, Del Mar CB, Heneghan CJ, Hama R, Thompson MJ.:Neuraminidase inhibitors for preventing and treating influenza in healthy adults and children. Cochrane Database of Systematic Reviews 2012, Issue 1.
  • Payne D.: Tamiflu - the battle for secret drug data. BMJ 2012;345:e7303.
  • Goldacre B.: Bad Pharma. Fourth Estate, 2012.

Nato, EUA e Reino Unido: o grande mercado do ópio


A agência de intelligence do Reino Unido planeia enviar mais funcionários no Afeganistão para administrar a indústria da droga que vale uns 100 biliões de Dólares por ano, tal como referido por um comentarista político nos Estados Unidos.

Gordon Duff, editor sénior de Veterans Today, fez estas declarações durante uma entrevista à Press TV, dois dias após o Telegraph ter revelado um relatório dos Serviços Secretos de Inteligência (SIS, também conhecido como MI6) britânicos com o qual foi pedido pessoal adicional de outras agências na altura em que as tropas britânicas deixarem o Afeganistão, em 2014.

Afirma Duff:
Eu acho que eles vão para o Afeganistão para ajudar a gerir o negócio de 100 biliões de Dólares por ano, transportando a heroína através do Afeganistão e gerindo o sector bancário da indústria de heroína através dos bancos de Londres. Não consigo pensar em outra razão pela qual deveriam ir até lá.
E acrescenta:
Não há nenhuma história de terrorismo que envolva o Afeganistão e a Grã-Bretanha ou o Afeganistão e os Estados Unidos. Tais teorias têm sido desmentidas há mais de dez anos.
Os Estados Unidos e os seus aliados invadiram o Afeganistão em 7 de Outubro de 2001, como parte da chamada guerra de Washington contra o terrorismo. A ofensiva removeu os Talibans do poder, mas depois de mais de 12 anos as tropas estrangeiras ainda não foram capazes de estabelecer um mínimo de segurança no país. Talvez porque não era este o objectivo principal.

Actualmente existem mais de 100 mil soldados estrangeiros no Afeganistão. Os Estados Unidos já anunciaram a intenção de retirar as tropas até o final de 2014.

O cultivo de ópio no Afeganistão aumentou desde que a guerra começou. Praticamente eliminado durante o governo Taliban, recomeçou a crescer com a invasão das tropas aliadas e hoje o País produz cerca de 90 por cento de todo o ópio consumido no mundo. Vários relatórios da ONU afirmam que o ópio afegão está a ter um impacto devastador no planeta, matando milhares de consumidores em várias partes do mundo.
Comentando sobre o envolvimento das agências de intelligence dos Estados Unidos e do Reino Unido no tráfico de drogas, Duff diz:
A CIA, o MI6 e outras agências têm gerido o tráfico de drogas no mundo, desde os dias da guerra no Vietnam. Os serviços estavam no topo do tráfico já em 1840, na época das Guerras do Ópio. Sempre foram os controladores do ópio e do tráfico de heroína no mundo. É algo que no Império Britânico é conhecido. Os Ingleses começaram com a heroína, e, certamente, com a produção de ópio no Afeganistão. É a indústria deles. Fazem isso há mais de cem anos e é extremamente rentável. Constitui um fundo para todas as suas outras actividades e não há nenhuma razão, do ponto de vista deles, para abandona-lo.
Veterans Today é um dos principais sites americanos de veteranos e pode contar com artigos de ex-membros dos serviços secretos como o General Hamid Gul (Paquistão), o Coronel. Eugene Khrushchev (ex-URSS), Jim W. Dean , Gwenyth Todd, Leo Wanta (CIA), Alan Hart (jornalista ex-BBC), Wayne Madsen (jornalista investigador) e Kevin Barrett (Universidade de San Francisco), Gilad Atzmon e Ingrid R. Zundel (activistas), Ismail Salami (comentador político), Mark D. Siljander (político, ex-ONU).
Isso para dizer que não é propriamente um site de fofocas...

Para acabar, um mapa bastante amplo que apresenta numerosos dados.


Nele são visíveis:
- em verde: os principais cultivos de ópio
- As principais rotas da droga a partir do Afeganistão com destino Rússia e Europa:
  . Prominent heroin land routes = terrestres
  . Prominent heroin land routes = marítimas
- Heroin volume in metric tons = volume de heroína em toneladas
- Seziure of heroin = sequestros de heroína, em kg.

No pequeno mapa à esquerda, os preços de venda da heroína: valores por grosso (em cima) e ao retalho (em baixo). Preços em Dólares por quilo.

Fontes: InformarmyPress TvStrategic Culture Foundation

Crianças e televisão: um estudo


Os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento neurológico.

Durante este período, o cérebro de uma criança chega a triplicar o tamanho e as conexões neuronais, especialmente aquelas conexões usadas com maior frequência. As menos utilizadas, pelo contrário, tendem a ser "postas de lado".

Muitas crianças hoje gastam entre duas e cinco horas por dia na frente da televisão. A quantidade e a qualidade dos produtos televisivos vistos por estas crianças podem ter um impacto negativo sobre o desenvolvimento futuro delas?

A resposta é "sim".

Um recente estudo mostra que cada hora de televisão subtrai  à criança riqueza de vocabulário, penaliza as capacidades lógico-matemáticas e afecta negativamente os seus futuros relacionamentos sociais. A importância deste estudo reside no facto de que pela primeira vez foi cientificamente demonstrada a relação directa entre a televisão e as dificuldades psico-sociais. Foi a cereja no topo do bolo, depois dos rios de literatura produzida sobre o assunto.

O estudo seguiu 2.000 crianças desde o nascimento e mostrou que mesmo uma única hora de televisão mais do que a média está relacionada a um conjunto de distúrbios presentes na altura de frequentar o jardim de infância.
American Academy of Pediatrics (Academia Americana de Pediatria) recomenda que as crianças não assistam a mais de 2 horas de televisão por dia após os dois anos de idade, e nem um único minuto antes daquela idade. Analisando o impacto negativo do tempo gasto em frente da televisão, chega-se à conclusão que as crianças que mais televisão viram mais provam ser carentes nos testes psicológicos, desenvolvem deficit de atenção e têm mais possibilidades de ser vítima de bulling por parte dos colegas.


Determinou-se também que os desenhos animados frenéticos influenciam negativamente o desenvolvimento de uma criança, por exemplo na capacidade de adiar a gratificação ou de exercer esforços contínuos.

Verificou-se que as crianças que costumam assistir aos desenhos animados mais frenéticos, encontram-se posteriormente atrasadas de forma significativa em algumas áreas específicas quando comparadas com colegas que não tinham o mesmo hábito ou que assistiam a programas mais calmos. Uma excessiva estimulação não é benéfica para uma criança, não "acelera" o seu crescimento.

É muito difícil hoje evitar que as crianças sejam expostas aos programas da televisão, por isso é fundamental o papel dos pais. Os filhos não podem ser simplesmente "arrumados" na frente da televisão, é importante que os pais fiquem ao lado deles, para compreender o tipo de conteúdos aos quais estão expostos, para explicar-lhe o sentido daquilo que estão a ver.

As crianças que passam mais tempo na frente da televisão também são mais propensas a tornar-se obesas, como demonstrado por um estudo realizado pelo Medical Research Institute (Instituto de Pesquisa Médica) da Nova Zelândia, onde foram examinadas mais de 200.000 crianças e jovens.


Alguns programas educacionais podem ter benefícios para as crianças depois dos três anos de idade, mas a exposição precoce é desencorajada por todos os especialistas em puericultura, sem excepção.

Alguns programas televisivos podem funcionar como complementos para a aprendizagem e o amadurecimento, mas só a partir duma determinada idade, em doses diárias limitadas e sem nunca substituir a experiência directa, a vida real. .

Em conclusão: a melhor maneira que os pais têm para estimular as mentes dos seus filhos é brincar com eles, interagindo directamente, pois não há melhor professor do que a experiência social directa ao lado dos próprios pais.

As pessoas também deveriam lembrar-se de que as palavras importam muito menos do que as acções: os exemplos que fornecemos aos nossos filhos significam muito mais do que aquilo que lhes dizemos. E um casal sempre sentado no sofá a fixar a televisão não é o melhor dos exemplos.



Particularmente interessantes alguns artigos disponibilizados por Pediatrics, a revista oficial da Academia Americana de Pediatria (infelizmente só em idioma inglês): 

sábado, 23 de novembro de 2013

O BCE [Banco Central Europeu] explicado de forma que até uma criança percebe


O que é o BCE?
- O BCE é o banco central dos Estados da UE que pertencem à zona euro, como é o caso de Portugal.

E donde veio o dinheiro do BCE?
- O dinheiro do BCE, ou seja o capital social, é dinheiro de nós todos, cidadãos da UE, na proporção da riqueza de cada país. Assim, à Alemanha correspondeu 20% do total. Os 17 países da UE que aderiram ao euro entraram no conjunto com 70% do capital social e os restantes 10 dos 27 Estados da UE contribuíram com 30%.

E é muito, esse dinheiro?
- O capital social era 5,8 mil milhões de euros, mas no fim do ano passado foi decidido fazer o 1º aumento de capital desde que há cerca de 12 anos o BCE foi criado, em três fases. No fim de 2010, no fim de 2011 e no fim de 2012 até elevar a 10,6 mil milhões o capital do banco. Mas o BCE pode criar virtualmente o dinheiro que quiser limitando-se a digitar as quantias num teclado de computador.



Então, se o BCE é o banco destes Estados pode emprestar dinheiro a Portugal, ou não? Como qualquer banco pode emprestar dinheiro a um ou outro dos seus accionistas.
- Não, não pode.

Porquê?!
- Porquê? Porque... porque, bem... são as regras.

Então, a quem pode o BCE emprestar dinheiro?
- A outros bancos, a bancos alemães, bancos franceses ou portugueses.

Ah percebo, então Portugal, ou a Alemanha, quando precisa de dinheiro emprestado não vai ao BCE, vai aos outros bancos que por sua vez vão ao BCE.
- Pois.

Mas para quê complicar? Não era melhor Portugal ou a Grécia ou a Alemanha irem directamente ao BCE?
- Bom... sim.... quer dizer... em certo sentido... mas assim os banqueiros não ganhavam nada nesse negócio!



Agora não percebi!!..
- Sim, os bancos precisam de ganhar alguma coisinha. O BCE de Maio a Dezembro de 2010 emprestou cerca de 72 mil milhões de euros a países do euro, a chamada dívida soberana, através de um conjunto de bancos, a 1%, e esse conjunto de bancos emprestaram ao Estado português e a outros Estados a 6 ou 7%.

Mas isso assim é um "negócio da China"! Só para irem a Bruxelas buscar o dinheiro!
- Não têm sequer de se deslocar a Bruxelas. A sede do BCE é na Alemanha, em Frankfurt. Neste exemplo, ganharam com o empréstimo a Portugal uns 3 ou 4 mil milhões de euros.

Isso é um verdadeiro roubo... com esse dinheiro escusava-se até de cortar nas pensões, no subsídio de desemprego ou de nos tirarem parte do 13º mês.
As pessoas têm de perceber que os bancos têm de ganhar bem, senão como é que podiam pagar os dividendos aos accionistas e aqueles ordenados aos administradores que são gente muito especializada.

Mas quem é que manda no BCE e permite um escândalo destes?
- Mandam os governos dos países da zona euro. A Alemanha em primeiro lugar que é o país mais rico, a França, Portugal e os outros países.



Então, os Governos dão o nosso dinheiro ao BCE para eles emprestarem aos bancos a 1%, para depois estes emprestarem a 5 e a 7% aos Governos que são donos do BCE?
- Bom, não é bem assim. Como a Alemanha é rica e pode pagar bem as dívidas, os bancos levam só uns 3%. A nós ou à Grécia ou à Irlanda que estamos de corda na garganta e a quem é mais arriscado emprestar, é que levam juros a 6%, a 7 ou mais.

Então nós somos os donos do dinheiro e não podemos pedir ao nosso próprio banco!...
- Nós, qual nós?! O país, Portugal ou a Alemanha, não é só composto por gente vulgar como nós. Não se queira comparar um borra-botas qualquer que ganha 400 ou 600 euros por mês ou um calaceiro que anda para aí desempregado, com um grande accionista que recebe 5 ou 10 milhões de dividendos por ano, ou com um administrador duma grande empresa ou de um banco que ganha, com os prémios a que tem direito, uns 50, 100, ou 200 mil euros por mês. Não se pode comparar.

Mas, e os nossos Governos aceitam uma coisa dessas?
- Os nossos Governos... Por um lado, são, na maior parte, amigos dos banqueiros ou estão à espera dos seus favores, de um empregozito razoável quando lhes faltarem os votos.

Mas então eles não estão lá eleitos por nós?
- Em certo sentido, sim, é claro, mas depois.... quem tem a massa é quem manda. É o que se vê nesta actual crise mundial, a maior de há um século para cá. Essa coisa a que chamam sistema financeiro transformou o mundo da finança num casino mundial, como os casinos nunca tinham visto nem suspeitavam, e levou os EUA e a Europa à beira da ruína. É claro, essas pessoas importantes levaram o dinheiro para casa e deixaram a gente como nós, que tinha metido o dinheiro nos bancos e nos fundos, a ver navios. Os governos, então, nos EUA e na Europa, para evitar a ruína dos bancos tiveram de repor o dinheiro.

E onde o foram buscar?
- Onde havia de ser!? Aos impostos, aos ordenados, às pensões. De onde havia de vir o dinheiro do Estado?...

Mas meteram os responsáveis na cadeia?
- Na cadeia? Que disparate! Então, se eles é que fizeram a coisa, engenharias financeiras sofisticadíssimas, só eles é que sabem aplicar o remédio, só eles é que podem arrumar a casa. É claro que alguns mais comprometidos, como Raymond McDaniel, que era o presidente da Moody's, uma dessas agências de rating que classificaram a credibilidade de Portugal para pagar a dívida como lixo e atiraram com o país ao tapete, foram... passados à reforma. Como McDaniel é uma pessoa importante, levou uma indemnização de 10 milhões de dólares a que tinha direito.
Publicado por:
http://citadino.blogspot.pt/2013/11/o-bce-banco-central-europeu-explicado.html 

Jornal PÚBLICO (16.04.2010): Vaz Guedes diz que falência do Banco Privado Português (BPP) custa mais de 700 milhões ao Estado.
DN – Economia (25.10.2011): Injecções de dinheiro no Banco Português de Negócios (BPN) ascendem a 8,5 mil milhões.
 
Diário Económico (26.10.2012): Recapitalização da banca portuguesa vai custar 7,8 mil milhões.
 
Jornal PÚBLICO (31.12.2012): O Ministério das Finanças anunciou a injecção de mil e cem milhões de euros na recapitalização do Banif. […] O Banif torna-se assim no quarto banco a ser recapitalizado com recurso a fundos públicos, terceiro da banca privada. Com esta operação, o Estado terá injectado um total de 5600 milhões de euros na banca privada através da linha de recapitalização o programa de assistência financeira a Portugal, seguindo-se ao BCP (3 mil milhões), ao BPI (1,5 mil milhões) e CGD (1,65 mil milhões) .
 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

CASAS DE BAMBU PARA AJUDAR VÍTIMAS DA ENCHENTE FLUTUAM EM INUNDAÇÕES

No Vietnã, os fenômenos naturais por muitas vezes são fortes e devastadores. Tempestades, inundações, deslizamentos de terra e secas assolam a vida dos vietnamitas e seus efeitos são ainda piores nas comunidades pobres. A cada ano, centenas de pessoas morrem no país, isso, devido a falta de preparo para lidar com esses fenômenos.

Concebido pelo escritório vietnamita H & P arquitetos, o projeto de uma habitação sustentável e de baixo custo visa atender as necessidades de uma região no país atingida por enchentes e grandes variações climáticas. Utilizando um dos materiais considerados mais sustentáveis do mundo, o bambu, o projeto da Blooming Bamboo Home propõe uma estrutura leve e modular que agiliza e facilita sua construção e não necessita de muitos recursos. Contudo, apesar de leve, o bambu oferece uma enorme resistência, ideal para as necessidades da comunidade da região do Meio do Vietnã, que tem suas casas inundadas ou mesmo destruídas pelas enchentes. Sua estrutura utiliza amarras, âncoras e conexões sólidas para ligar todas as peças e tornar a casa forte o suficiente para flutuar sobre uma enchente e manter as famílias em segurança.

Custando cerca de 2000 dólares, as habitações de bambu foram desenvolvidas para ajudar as famílias a lidar com o clima oscilante sem causar impacto ambiental e contribuir para a estabilização econômica do país, já que, quantias significativas são gastas todo ano na reforma e construção de novas moradias.


BATATAS PARA ILUMINAR O MUNDO


Frita, cozida ou assada? Ou seria melhor um purê? Você provavelmente deve gostar de batatas preparadas de alguma dessas formas. Haim Rabinowitch, no entanto, prefere suas batatas gerando luz.

O pesquisador e reitor da Universidade Hebraica de Jerusalém desenvolveu um método de extração de energia elétrica descoberto por Luigi Galvani em 1780. Ao colocar duas placas de metal, alguns fios e uma lâmpada de LED ligados na batata, o mecanismo é capaz de gerar energia suficiente para alimentar uma lâmpada de LED por mais de um mês.

Utilizando uma técnica bastante conhecida, Haim e sua equipe adaptaram seu funcionamento para gerar um nível de energia de baixo custo e suficiente para suprir as necessidades de aldeias e comunidades que não podem contar com energia elétrica.

Basicamente, o mecanismo funciona como uma bateria de material orgânico, na qual são necessárias duas placas de metais, um ânodo, o eletrodo negativo como o zinco, e um cátodo, um eletrodo de carga positiva como o cobre. O ácido do interior da batata forma uma reação química com os materiais inseridos e quando ocorre o fluxo de eléctrons de um material para o outro, a energia é liberada.

Em 1780, a experiência foi feita por Galvani em um sapo, entretanto, outros cientistas repetiram o experimento em diversos materiais, como pilhas de lixo.

Glutamato Monossódico (GMS): O Sabor Que Mata

Glutamato Monossódico (GMS): É este o assassino que se esconde em nossos armários de cozinha?


Dr. Mercola

Um silencioso e difundido assassino que é pior à sua saúde que álcool, nicotina e muitas outras drogas está provavelmente escondido em seu armário de cozinha neste exato momento. [1]. "Ele" é o glutamato monossódico ou GMS (MSG, Monossodium Glutamate do nome original em inglês), um realçador de sabor que é conhecido amplamente como um aditivo na comida chinesa, mas que na verdade é adicionado a milhares de alimentos que você e sua família regularmente comem, especialmente se você é como a maior parte dos norte-americanos e come a maioria de sua comida como alimento processado ou em restaurantes.

Glutamato monossódico é um dos piores aditivos alimentares no mercado e é usado em sopas enlatadas, biscoitos, carnes, saladas, refeições congeladas e muito mais. É encontrado em restaurantes e supermercados locais, na lanchonete da escola das crianças, e incrivelmente, mesmo na comida de bebê e em fórmulas infantis.

O GMS é mais do que somente um tempero como o sal e pimenta, ele realça o sabor dos alimentos, fazendo o gosto de carnes processadas e refeições congeladas ficar melhor e cheirar melhor, as saladas ficarem mais saborosas e comidas enlatadas com gosto menos metálico.

Enquanto os benefícios do GMS à indústria de alimentos está bem clara, este aditivo alimentar pode estar lentamente e silenciosamente fazendo grandes danos para sua saúde.

O que exatamente é o Glutamato Monossódico?

Você pode lembrar quando o pó de GMS chamado "Accent" primeiramente veio aos mercados norte-americanos. Bem foi há muitas décadas anterior a este, em 1908, que o glutamato foi inventado. O inventor foi Kikunae Ikeda, um japonês que identificou a substância natural que incrementava o sabor, provinda da alga marinha.

Tomando como base esta substância, eles foram capazes de criar um aditivo criado pelo homem, o glutamato monossódico, e ele e seu parceiro criaram a Ajinomoto, que é hoje o maior produtor deste produto (e, interessante, também um produtor de remédios).
Quimicamente falando, o GMS é aproximadamente 78% de ácido glutâmico livre, 21% de sódio, e até 1% composto de contaminantes. [3].

É uma ideia errada que o glutamato monossódico é um condimento ou um amaciador de carne. Na realidade, ele tem um sabor fraco, além do que, quando você ingere GMS, você pensa que o alimento que está comendo tem mais proteína e tem um melhor sabor. Ele faz isso enganando sua língua, usando um pouco conhecido quinto estado de sabor: umami.

Umami é o gosto do glutamato, que é um saboroso gosto encontrado em muitas comidas japonesas, bacon e também no aditivo alimentar tóxico glutamato monossódico. É por causa do umami que o alimento com GMS tem sabor mais forte, robusto, e geralmente melhor, para muitas pessoas, do que o alimento sem ele.

O ingrediente não se tornou amplamente divulgado nos Estados Unidos até a Segunda Guerra Mundial, quando os militares americanos perceberam que a ração dos soldados japoneses era muito mais saborosa que as versões americanas por causa do GMS.

Em 1959, a FDA (Food and Drug Administration, ou Agência Norte-Americana de Controle de Alimentos e Medicamentos), classificou o glutamato monossódico como "ordinariamente conhecido como seguro (Generally Recognized as Safe ou GRAS)" e assim se manteve desde então. Ainda assim foi um sinal de alerta quando apenas 10 anos depois uma condição conhecida como a "Síndrome do restaurante chinês" apareceu na literatura médica, descrevendo os numerosos efeitos colaterais, desde falta de sensação, até palpitações cardíacas que a pessoas experienciavam depois de comer glutamato.

Hoje esta síndrome é mais apropriadamente chamada "complexo dos sintomas do GMS" (termo original do inglês: MSG Symptom Complex), que a FDA identifica como "reações de curto-prazo" do glutamato. Mais destas "reações" ainda virão à tona.

Por que Glutamato Monossódico é tão perigoso

Uma das melhores visões gerais dos reais perigos do glutamato vem do Doutor Russell Blaylock, um neurocirurgião "board certified" (que tem anos de treinamento e entendimentos da diagnose, tratamento e prevenção de enfermidades) e autor do "Excitotoxinas: o Sabor que Mata". Nele ele explica que o glutamato é uma excito-toxina, o que significa que ele superexcita suas células ao ponto de ser perigoso ou mortal, causando danos em vários graus - e potencialmente mesmo acionar ou piorar disfunções de aprendizado, Mal de Alzheimer, Mal de Parkinson, Mal de Lou Gehrig, e mais.

Parte do problema também é que o ácido glutâmico livre é o mesmo neurotransmissor que o seu cérebro, sistema nervoso, pâncreas e outros órgãos usam para iniciar certos processos em seu corpo. [4]. Até a FDA afirma:

"Estudos tem mostrado que o corpo usa glutamato, um aminoácido, como um transmissor de impulsos nervosos no cérebro e que há também tecidos que respondem ao glutamato em outras partes do corpo. As anomalias no funcionamento dos receptores de glutamato tem sido conectadas com certas enfermidades neurológicas, como o Mal de Alzheimer e a doença de Huntington (distúrbio caracterizado por movimentos musculares anormais espontâneos e irregulares). Injeções de glutamato em animais de laboratório resultaram em danos às células nervais do cérebro." [5]

Embora a FDA continua a alegar que consumir glutamato monossódico nos alimentos não causa estes efeitos danosos, muitos outros especialistas dizem o contrário.

De acordo com Dr. Blaylock, numerosos receptores glutâmicos tem sido encontrados tanto no sistema de condução elétrica do coração quanto no músculo do coração em si. Isto pode ser bem danoso para seu coração, e pode mesmo explicar as mortes inesperada às vezes vista entre atletas jovens.

Ele diz: "Quando um excesso de excito-toxinas de origem alimentar, como o GMS, proteína hidrolisada de soja e concentrada, caseinato de sódio e aspartato do aspartame, são consumidas, estes receptores glutâmicos são super-estimulados, produzindo arritmia cardíaca. Quando o estoque de magnésio está baixo, como vemos em atletas, os receptores glutâmicos são muito sensíveis e mesmo níveis pequenos destas excito-toxinas podem resultar em arritmias cardíacas e morte". [6]

Muitos outros efeitos adversos tem sido relacionados ao consumo regular de GMS, incluindo:

* Obesidade
* Danos oculares
* Cefaleia (dor de cabeça)
* Fadiga e Desorientação
* Depressão

Além do mais, mesmo a FDA admite que as "reações de curto-prazo" conhecidas como complexo dos sintomas do GMS (MSG Symptom Complex) podem ocorrer em certos grupos de pessoas, especialmente os que ingeriram "altas doses" de glutamato monossódico ou aqueles que tem asma. [7]

De acordo com a FDA, O complexo de sintomas do GMS pode envolver sintomas como:

* Perda de sensibilidade sensibilidade
* Sensação de queimadura
* Formigamento
* Pressão facial ou sensação de sufocamento
* Dor no peito ou dificuldade respiratória
* Cefaleia
* Náusea
* Palpitação cardíaca
* Sonolência
* Fraqueza

Ninguém sabe informar com certeza quantas pessoas podem ser "sensíveis" ao GMS, mas estudos dos anos 70 sugerem que 25 a 30% da população norte-americana era intolerante ao Glutamato - em níveis então encontrados em alimentos. Desde que o uso do Glutamato expandiu dramaticamente deste aquele período, é estimado que até 40% da população pode ser impactada. [8]

Como saber se o Glutamato Monossódico está em sua comida

Os produtores de alimentos não são estúpidos, e eles são cautelosos do fato que as pessoas como você procuram evitar comer este tipo de aditivo alimentar asqueroso. Como resultado, você acha que eles respondem removendo o glutamato de seus produtos? Bem, poucos tem feito, mas a maioria deles só tentaram "limpar" suas embalagens. Em outras palavras, eles tentam esconder o fato que o GMS é um ingrediente.

Como eles fazem isso? Usando nomes que você nunca poderia associar com o produto.

É requerido pela FDA que os produtores de alimentos listem o ingrediente "glutamato monossódico" nas embalagens dos alimentos, mas eles não tem que listar os ingredientes que contém ácido glutâmico livre, mesmo se ele é o principal componente do GMS.

Há mais de 40 ingredientes que contém ácido glutâmico [9], mas você nunca sabe se eles só são nomes isolados. Além disso, em alguns alimentos o ácido glutâmico é formado durante o processamento, e novamente, as embalagens dos alimentos não lhe informam isso.

Dicas para evitar o Glutamato Monossódico de sua alimentação

Em geral, se um alimento é processado você pode supor que ele contém glutamato (ou um de seus pseudo-ingredientes). Então, se você aderiu a uma alimentação de alimentos frescos, você pode bem garantir que você está evitando esta toxina.

O outro local onde você terá que tomar cuidado são os restaurantes. Você pode perguntar que itens do menu são livres de glutamato, e pedir que nenhum glutamato seja adicionado em sua refeição, mas claro que o único local onde você pode ter certeza absoluta do que é adicionado ou não é a sua própria cozinha.

Para realmente se garantir, você deve saber com que ingredientes tomar precaução em alimentos empacotados. Aqui está uma lista de ingredientes que SEMPRE contém glutamato monossódico: (nem todos foram traduzidos por não existir correlato ao português, segue abaixo os nomes originais como constam no artigo): Autolyzed Yeast (Extrato de levedura), Calcium Caseinate (Caseinato de calcio), Gelatin (Gelatina), Glutamate/Glutamic Acid (Ácido glutâmico), Hydrolyzed Protein, Monopotassium Glutamate ( Glutamato monopotássico), Monosodium Glutamate (Glutamato monossódico), Sodium Caseinate (Caseinato de sódio),Textured Protein, Yeast Extract (Extrato de levedura), Yeast Nutrient

Estes ingredientes frequentemente contém glutamato ou criam este durante o processamento: [10] (não foram traduzidos os termos abaixos, por isso fica listado integralmente os originais em inglês): Flavors and Flavorings (Condimentos), Seasonings (Temperos), Natural Flavors and Flavorings, Natural Pork Flavoring, Natural Beef Flavoring, Natural Chicken Flavoring, Soy Sauce, Sopy Protein Isolate, Soy Protein, Bouillon, Stock, Broth, Malt Extract, Malt Flavoring, Barley Malt, Why Protein,Carrageenan, Maltodextrin, Pectin, Enzymes, Protease, Corn Starch, Citric Acid, Powdered Milk, Anything Protein Fortified, Anything Enzyme Modified, Anything Ultra-Pasteurized

Se você come alimentos processados, por favor lembre-se de verificar estes nomes ocultos do glutamato.

Escolhendo ser Livre dos Glutamatos

Tomar a decisão de evitar GMS em sua alimentação é mais que possível uma escolha sábia para todos ao seu redor. Reconhecidamente, toma mais tempo planejando na cozinha e preparando comida em casa, usando ingredientes frescos e cultivados localmente. Mas saber que sua comida é pura e livre de aditivos tóxicos como o glutamato é algo inestimável.

Além disso, escolher seu alimento lhe trará ultimamente um melhor sabor e valores mais saudáveis que qualquer comida processada com glutamato que você pode comprar no supermercado.

Nota do tradutor: O texto é escrito utilizando o contexto dos Estados Unidos, nem por isso ele não deixa de ser válido no Brasil ou em outro país que seja. No país, o glutamato é encontrado em salgados como batata-frita com sabor de cebola, embutidos como salames, também na mortadela, presunto, frios em geral, no molho de soja (algumas marcas aparentemente não colocam este ingrediente) e em muitos produtos japoneses. Ler o rótulo das embalagens é um bom começo para evitar o consumo desta substância. O equivalente maléfico doce do glutamato é o aspartame, encontrado em produtos diet, light, e similares. Grandes empresas usam GMS, leia a lista de ingredientes, e zele pelo seu bem-estar. O melhor protesto é não comprar produtos de quem não tem se preocupa com a sua saúde. Em português http://www.vidaintegral.com.br/noticias.php?noticiaid=948

Fontes e Referências:


Vou acrescentar um outro artigo sobre o assunto da Tutto Natural:

MALEFÍCIOS DE ADITIVOS QUÍMICOS E GLUTAMATO MONOSSÓDICO


Acreditando na promessa comercial de tornar o café da manhã uma refeição muito mais saudável, muitas pessoas não dispensam um iogurte logo pela manha. Mas, junto com o alimento lácteo e o açúcar, o consumidor acaba ingerindo emulsificante, aromatizante, acidulante, conservante e corante que, em excesso, podem causar alergias e disfunções digestivas e metabólicas.


À tarde, biscoitos recheados muitas vezes funcionam como quebra galho para a fome fora de hora ou o lanche que vai na lancheira do filho para a escola. Com “aroma natural” de chocolate, morango, ou baunilha, o danado engana a fme – mas não alimenta! Carregado de açúcar, esses biscoitos ainda tem fartura saturada e aditivado para dar cor, cheiro, textura…tão ruim quanto eles são os macarrões instantâneos – um perigo para quem tem hipertensão, pela quantidade de sal que colocam. São 58% do valor diário recomendado por porção.

Nesse tipo de macarrão e em vários snacks, como biscoitos salgados e os salgadinhos, também entram na fórmula o GLUTAMATO MONOSSÓDICO (MSG), pois seu sabor estimula a vontade de comer mais. Não é a toa que quando se abre um pacote de salgadinho, normalmente a pessoa não sossega até devorar o último do pacote.

Nutricionista funcional, personal diet e diretora da Clínica Nutrição Multidisciplinar que leva seu nome, Luciana Harfenist, explica como funciona o MSG: “ Ele estimula receptores da língua produzindo um gosto que se conhece com o nome de umami – em japonês significa saboroso ou delicioso – e que interfere na percepção do paladar”.

Segundo a especialista, crianças que consomem muitos alimentos com MSG normalmente repelem alimentos naturais. “O agravante é que está em quase todo alimento industrializado, incluindo biscoitos, doces, tortas”.

E o perigo não para aí: cerca de 70% do MGS é composto de ácido glutâmico, aminoácido que tem função excitatória nas nossas células, o que poderia levar a danos no cérebro. “O glutamato monossódico ainda pode aumentar a dor de cabeça e sensibilidade muscular na região do craniofacial”, afirma Luciana, ressaltando que o consumo esporádico não trará danos a saúde, mas sim o consumo diário. Para os amantes da culinária japonesa, uma boa nova: está disponível no mercado versões de shoyu com fermentação natural e sem glutamato monossódico.

PERIGO PARA OS PEQUENOS

Algumas pesquisas confirmar a relação entre esse realçador de sabor e a hipertensão infantil e a enxaqueca. Outras apontam que o corpo utiliza o glutamato como um transmissor de impulsos nervosos no cérebro – e seu consumo está sendo associado a dificuldades de aprendizado, Mal de Alzheimer, Parkinson e câncer. Claro que o fabricante nega. E diz que tudo depende da dose de consumo…Acontece que o consumo de alimentos industrializados cresceu com o aumento de poder de compra do brasileiro.

OK, a criança comeu algo saudável e tem direito a uma bala ou pirulito de premio, certo? Pois as guloseimas em geral tem acidulante, aromatizante e corantes artificiais. Estes últimos podem causar alergias e, a longo prazo, danos digestivos, metabólicos e até neurológicos. Melhor oferecer um prêmio de verdade, como um creme de abacate com raspas de chocolate, mousse de caqui ou morangos geladinhos.

Para os adultos, o melhor mesmo é correr para as feiras de hortifrutis para garantir, assim, uma alimentação realmente nutritiva.

Fonte: